quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Questões de História

Estado Nação:

Chama-se Estado-nação ou nação-Estado quando um território delimitado é composto por um governo e uma população de composição étnico-cultural coesa, quase homogênea, sendo esse governo produto dessa mesma composição. 

Territórios:

A concepção mais comum de território (na ciência geográfica) é a de uma divisão administrativa. Através de relações de poder, são criadas fronteiras entre países, regiões, estados, municípios, bairros e até mesmo áreas de influência de um determinado grupo. Para Friedrich Ratzel, o território representa uma porção do espaço terrestre identificada pela posse, sendo uma área de domínio de uma comunidade ou Estado. Portanto, o território não se restringe somente às fronteiras entre diferentes países, sendo caracterizado pela ideia de posse, domínio e poder, correspondendo ao espaço geográfico socializado, apropriado para os seus habitantes, independentemente da extensão territorial.


Estado Laico : 


Estado laico significa um país ou nação com uma posição neutra no campo religioso. Também conhecido como Estado secular, o Estado laico tem como princípio a imparcialidade em assuntos religiosos, não apoiando ou discriminando nenhuma religião.Um Estado laico defende a liberdade religiosa a todos os seus cidadãos e não permite a interferência de correntes religiosas em matérias sociopolíticas e culturais.Nos países que não são laicos (teocráticos), a religião exerce o seu controle político na definição das ações governativas. Nos países teocráticos, o sistema de governo está sujeito a uma religião oficial. Alguns exemplos de nações teocráticas são: Vaticano (Igreja Católica), Irã (República Islâmica) e Israel (Estado Judeu).


Israel X Palestino:



Guerra de 1948:

Em 29 de novembro de 1947, um dia após a votação da Partilha da Palestina pelas Nações Unidas, o colono judeu Ehud Avriel foi convocado a comparecer diante da Agência Judaica, organização que representava os judeus da Palestina, antes da criação de Israel. Ele foi recebido por um homem robusto, de cabelos desgrenhados e grisalhos. Seu nome era Davi Ben Gurion, o líder supremo dos sionistas. Nascido na Polônia, ele fugira do anti-semitismo e dos pogroms (perseguição em massa) europeus em 1909, migrando para a Terra Santa. Lá, com seu carisma e liderança, tornou-se a encarnação viva da causa sionista. “Daqui a seis meses, declararemos a independência de Israel. Nesse mesmo dia, cinco exércitos árabes nos atacarão”, previu Ben Gurion, com incrível exatidão. “Se não conseguirmos obter armas com a máxima urgência, seremos aniquilados.” Em seguida, o chefe da Agência Judaica encarregou o correligionário de uma missão crucial: viajar à Europa para contrabandear armamentos. Avriel assentiu. No dia seguinte, pegou um avião para Genebra com uma lista quilométrica para comerciantes do mercado negro: 1 milhão de balas, mil metralhadoras e 1,5 mil submetralhadoras.
Ben Gurion, cujos talentos de estrategista tornariam-se mitológicos, sabia que os árabes não aceitariam a Partilha. Também sabia que as táticas de guerrilha da milícia clandestina sionista (o Hagannah) não seriam suficientes para deter os inimigos. Entre 1947 e 1948, Ben Gurion contrabandeou toneladas de armas, principalmente da Tchecoslováquia, e incorporou ao Hagannah dois grupos militantes radicais – o Irgun e a Gangue Stern. Nascia assim a FDI – Forças de Defesas Israelenses, que na época contava com pouco mais de 20 mil soldados.
RIFLES ENFERRUJADOS
Ao contrário dos sionistas, os palestinos tinham uma organização mínima. Sua espinha dorsal fora quebrada em 1936, quando uma grande rebelião contra o domínio britânico e a imigração judaica foi esmagada pelas forças conjuntas dos britânicos e das milícias sionistas – com um saldo de 5 mil árabes e 400 judeus mortos. Sem nenhuma liderança forte, empunhando rifles enferrujados e com apenas 2,5 mil soldados de verdade, eles eram a menor das preocupações para os generais israelenses. O verdadeiro desafio vinha dos países árabes vizinhos, cujos exércitos somavam mais de 25 mil homens com armas modernas, vendidas principalmente pela Grã-Bretanha.
Foi Ben Gurion quem leu a Declaração de Independência de Israel, em Tel-Aviv, na ensolarada tarde de 14 de maio de 1948, diante de uma multidão em êxtase. Foi também ele quem comandou a guerra contra o rei Abdullah da Jordânia e seus aliados árabes, que na manhã seguinte bombardearam Tel-Aviv e atravessaram as recém-traçadas fronteiras do país.
O conflito que se seguiu foi um triste prenúncio do que estava por vir nas próximas décadas. Ambos os lados atacaram a população civil, com pesadas baixas. De acordo com o historiador Mitchell Bard, mais de 6 mil judeus foram mortos nos meses seguintes, entre soldados e não-combatentes – 1% da população total.
Israel não ficou atrás no que diz respeito a crimes de guerra. Segundo historiadores como o brasileiro André Gattaz e o israelense Avi Shaim, grupos armados caíram com fúria sobre a população árabe palestina, num banho de sangue que varreu do mapa centenas de vilarejos. A chacina mais famosa ocorreu em Deir Yassin, a poucos quilômetros de Jerusalém – um evento que se tornou emblemático para a resistência palestina (leia no quadro abaixo). A maior parte da população árabe em grandes cidades, como Haifa e Jaffa – que hoje é um subúrbio de Tel-Aviv – fugiu ou foi expulsa. “Por prudência, por pânico e por causa da política deliberada do Exército israelense, quase dois terços dos palestinos deixaram suas casas e tornaram-se refugiados”, escreve o historiador britânico de origem libanesa Albert Hourani, no clássico Uma História dos Povos Árabes (Companhia das Letras, 2006). De 500 mil a 900 mil árabes, entre cristãos e muçulmanos, foram para o exílio, de acordo com estudos das Nações Unidas. Milhares de judeus também foram violentamente expulsos de países árabes.
Apesar da superioridade numérica, os exércitos anti-sionistas tinham uma desvantagem que até hoje assola o mundo árabe: a desunião interna. Intrigas, desavenças e crises de ciúmes entre os chefes mergulharam a campanha na anarquia. Já os sionistas mantiveram-se unidos sob a mão férrea de Ben Gurion – que se tornou primeiro-ministro de Israel em 1948 – e destroçaram os cincos exércitos inimigos em cerca de oito meses. O conflito, que hoje é lembrado pelos israelenses como a Guerra da Independência, acabou em julho de 1949, com uma série de armistícios humilhantes assinados por quase todos os países árabes envolvidos. Os combatentes guardaram suas facas e metralhadoras, mas não trancaram a porta da caserna: o segundo round poderia começar a qualquer instante.
EXPANSÃO ISRAELENSE
A Palestina, agora, tinha uma cara completamente transformada. A Partilha, acertada pela ONU, dois anos antes, foi para o espaço: entre 1947 e 1949, Israel não se limitou a defender suas fronteiras, avançando sobre território alheio. Se antes os israelenses controlavam 55% da região, a fatia crescera agora para mais de 75% .
Fora de Israel, sobraram apenas dois pedacinhos de terra palestina – que até hoje compõem um mantra eternamente repetido nas manchetes de jornais, nos tratados de paz, nas resoluções da ONU, nos brados dos radicais e nas preces dos moderados: a Faixa de Gaza, que fica no litoral do Mediterrâneo, a sudoeste de Israel, e a Cisjordânia, na fronteira oriental. O destino e o status desses territórios, que juntos não chegam a formar 10 mil quilômetros quadrados, continuam no olho do furacão do Oriente Médio. Na época, as duas fatias de terra foram anexadas por vizinhos árabes que, teoricamente, tinham entrado na guerra para garantir os direitos dos palestinos. O Egito ficou com a Faixa de Gaza. O rei jordaniano Abdullah abocanhou a Cisjordânia e a parte oriental de Jerusalém – onde se encontram dois dos maiores santuários do Islã, a Mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha. A ONU abençoou as novas fronteiras e o mundo respirou aliviado. Menos os palestinos – que ficaram com nada.

Guerra dos seis dias:

A Guerra dos Seis Dias, assim ficou conhecida a guerra que confrontou Israel e os seguintes países árabes: Egito,Jordânia e Síria, com o apoio do Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Sudão e Argélia. A guerra pelo controle do Canal de Suez  tinha deixado uma situação onde outra guerra poderia acontecer a qualquer momento. Israel, que tinha ocupado a península do Sinai (Egito), concordou em retirar suas tropas desde que o Egito deixasse de apoiar as ações da guerrilha que partiam daquela região. Em lugar das tropas de Israel a ONU ficou administrando a península do Sinai.
No entanto o governo egípcio, apoiado pela URSS, continuou ajudando as diferentes facções guerrilheiras que atacavam o estado hebreu. Em maio daquele ano, tanto árabes como israelenses já estavam mobilizando suas tropas. O Egito bloqueou o golfo de Aqaba, rota vital para a navegação de Israel, ato considerado pelo governo israelense como uma agressão.
As hostilidades começaram no dia 5 de junho com um massivo ataque preventivo por parte de Israel que destruiu a capacidade aérea dos países árabes, em três horas a aviação de Israel destruiu a maior parte do arsenal aéreo do Egito, 319 aviões que nem chegaram a decolar. Isto aconteceu depois do estado israelense ter verificado com seus radares a movimentação de tanques e aviões movendo-se em direção à fronteira entre ambos os países. As perdas israelenses somaram apenas 19 aviões.
Assim, as tropas israelenses avançaram por terra rapidamente, ocuparam a Faixa de Gaza e chegaram ao Sinai. Os israelenses avançaram em direção à Síria, ou seja, romperam as defesas árabes tanto pelo sul como pelo norte e, na Faixa de Gaza, as tropas de Israel fizeram cessar o esforço militar que unia egípcios e palestinos. No mesmo dia a Jordânia entra na guerra. Os aviões jordanianos começaram a bombardear as cidades israelenses, especialmente Jerusalém. A reação hebraica foi imediata e contundente: começaram a tomar posições jordanianas perto de Belém e ao sul de Ramallah e bombardearam Amman e Mafraq.
Quando, no dia 10 de junho, os combates cessaram, Israel controlava a totalidade da península do Sinai, a Faixa de Gaza, Cisjordânia (com a totalidade da cidade de Jerusalém) e as estratégicas colinas de Golã, na Síria. Desta forma, Israel tinha conquistado um território quatro vezes maior que o seu em 1.949, e albergava em suas novas fronteiras uma população árabe de 1,5 milhões.


Yom Kippur -1937:


Quando a Guerra de Seis dias, que aconteceu com os países do Oriente Médio, chegou ao fim, o governo de Israel teve uma nova preocupação pela frente: proteger as terras que haviam conquistado durante o conflito, e principalmente, manter o controle conquistado sob o canal de Suez.  Para manter esse controle eles construíram a Linha Bar-Lev, que era uma linha de fortificações ligadas por estradas. Porém, enquanto Israel se sentia vitorioso pelas conquistas da guerra, as nações árabes, que haviam sido derrotadas nesse conflito, possuíam um sentimento de inferioridade e desrespeito, e assim começaram a organizar uma resposta contra o governo israelense. O presidente Nasser, do Egito, havia acabado de falecer, no ano de 1970, e coube a seu sucessor Anuar Sadat, conhecido por exercer uma política mais pragmática, tentar recuperar aqueles territórios perdidos na guerra anteriormente.

O Dia do Perdão – Yom Kippur


            O Yom Kippur é um grande feriado judaico que também é conhecido como “dia do perdão”. No dia 6 de outubro de 1973 a maioria da população estava cuidando dos preparativos da festividade, e por uma infeliz coincidência, ou por uma elaborada estratégia, o Egito e a Síria iniciaram um ataque militar surpresa, atingindo os postos israelenses responsáveis por proteger a região de Suez. Foram centenas de granadas lançadas sobre os postos em questão de minutos. Um dia que deveria ser de comemoração viera a se tornar de guerra, o “dia do perdão” de Israel se tornou o “dia da vingança” para os árabes.
           Os Árabes iniciaram a guerra com uma grande vantagem, afinal, haviam pegado os israelenses de forma inesperada. Utilizando de potentes mangueiras e pontes de assalto, eles conseguiram atravessar o Canal de Suez de maneira mais fácil, o que permitiu a invasão do canal com um número insignificante de baixas entre seus oficiais. Simultaneamente com essa ofensiva, os sírios se organizavam para invadir o território judeu por meio das Colinas de Golã, eles queriam atacar de todas as formas, por todos os lados, de maneira rápida para que o adversário não tivesse tempo de ter uma reação.

Os árabes são derrotados novamente nesta guerra


            Demonstrando ser superior do ponto de vista de guerrilha, Israel tomou rapidamente uma atitude contra as ações dos países em questão e abafou os dois lados da invasão orquestrada pelos sírios e egípcios. Mesmo pego de surpresa, e estando sozinho contra os dois países, isso não foi suficiente para que Israel saísse derrotada, e a ofensiva fez com que outra vez os árabes saíssem derrotados de mais uma guerra. Com esse acontecimento, a Guerra do Yom Kippur serviu apenas para aumentar ainda mais o ódio existente entre os países árabes e o povo judaico no Oriente Médio.
           Entre as consequências causadas pela guerra está a deflagração da Crise do Petróleo, que se instalou logo depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, OPEP, se recusou a vender petróleo para qualquer país que apoiasse o governo israelense. Enquanto eles achavam que isso levaria os países a se tornaram dependentes deles, seguindo seus desejos, submissos, isso contribuiu para que essas novas nações buscassem por novas fontes de energia, para que a dependência do petróleo fosse reduzida.

Ariel Sharon : Israel

Poucas pessoas no mundo já ouviram falar de Ariel Scheinerman, um político da extrema-direita de Israel. Mas, certamente, todas as pessoas que têm grande poder de decisão no mundo conhecem Ariel Sharon, como é conhecido o primeiro-ministro de Israel.

O primeiro-ministro trocou a sua assinatura para homenagear o vale Sharon, lugar onde funcionava uma cooperativa agrícola durante a sua juventude.

Nascido em Kfar Mahal, aldeia ao norte de Tel Aviv, no dia 28 de fevereiro de 1928, época em que o território estava sob jurisdição britânica, Sharon liderou operações militares contra tropas do Egito na Faixa de Gaza, em 1950.

Em 67, já general, durante a Guerra dos Seis Dias, comandou uma divisão que conquistou Jerusalém Oriental, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, e, em 73, liderou a captura do Terceiro Exército do Egito, colocando um ponto final na Guerra do Yom Kippur.

Linha-dura
Sua carreira política começou em 77, quando foi eleito para uma das cadeiras do Knesset, o parlamento israelense. Neste mesmo ano, foi nomeado ministro da Agricultura. Com fama de linha-dura, Sharon foi muito contestado em 82 (quando ocupava o cargo de ministro da Defesa de Israel), ao planejar uma invasão ao Líbano.

Sem comunicar os seus planos para o então primeiro-ministro Manachem Begin, Sharon invadiu o Líbano alegando que precisava expulsar do país um núcleo influente da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), comandada por Yasser Arafat, morto em 2004. A falta de planejamento na operação pode ser explicada pelos números: Beirute, a capital do Líbano, ficou parcialmente destruída e cerca de 2.000 palestinos (entre os quais crianças, idosos e mulheres) foram mortos.

Pressionado internamente e apontado pela Justiça de Israel como responsável pelo massacre, Ariel Sharon foi demitido do cargo de ministro da Defesa, mas não deixou a política. Adorado pela direita, principalmente pelo feroz combate à OLP, no começo da década de 90 Sharon voltou a integrar o governo israelense, sendo nomeado ministro da Habitação.

Em 96, uma promoção. O então primeiro-ministro Binyamin Netanyahu assinou um decreto nomeando-o ministro das Relações Exteriores. A derrota de Netanyahu nas eleições realizadas em 99 não afastou Ariel Sharon da vida pública. O político assumiu o comando do seu partido, o Likud.

Sangue e guerra
Em 1953, na liderança de uma unidade (101) do Exército, criada especificamente para combater os árabes, Sharon comandou uma operação contra a aldeia de Kibya, na Cisjordânia, explodindo 45 casas e matando 69 pessoas. As ações dessa unidade provocaram a morte de tantos civis palestinos que o governo de Israel teve de emitir um comunicado proibindo matar mulheres e crianças.

Três anos depois, foi acusado de insubordinação e desonestidade por seus superiores, durante a campanha do Canal de Suez. O historiador militar israelense Martin Van Cheveld, da Universidade Hebraica de Jerusalém, escreveu que os soldados comandados por Ariel Sharon "avançavam da forma mais incompetente possível, resultando em uma batalha totalmente desnecessária, que se tornou a mais sangrenta da guerra".

Acostumado a conviver com a violência, Sharon é oriundo de uma família de sionistas russos que emigraram para a Palestina no começo do século 20. O primeiro-ministro também participou de um momento histórico pela paz entre Israel e Egito, assinado em 1979, que ficou conhecido como o tratado de Camp David, uma referência à residência de verão dos presidentes dos Estados Unidos. Apesar de ter se posicionado contra o acordo, Sharon comandou a retirada dos colonos judeus do Sinai, ocupado por Israel desde a Guerra do Yom Kippur.

Em fevereiro de 2001, Sharon chegou ao ponto mais alto de sua carreira: primeiro-ministro de Israel. Quando tomou posse, anunciou que sua principal missão seria a segurança do povo israelense.

 Yasser Arafat: Palestina

Mohammad Abdel Rauf Arafat al Qudwa al Husseini, 75, nasceu em agosto de 1929. O local de seu nascimento permanece um mistério. Ele afirmava que nascera em Jerusalém, mas há registros de que Arafat teria, na verdade, nascido no Egito, onde estudou engenharia. A data de seu aniversário também é incerta.Arafat combateu nas milícias palestinas os sionistas (movimento internacional judeu que resultou na formação do Estado de Israel) em 1948.Exilado no Kuait, em 1959 foi co-fundador do Fatah (Movimento para a Libertação da Palestina), movimento nacionalista que se tornaria, nos anos 1960, o núcleo principal da OLP (Organização para a Libertação da Palestina).

Ao fim da guerra árabe-israelense de 1967, Arafat reapareceu após dois anos na clandestinidade usando o nome de Abu Ammar, pelo qual é chamado até hoje pelos palestinos. Instalou-se na Jordânia, país com grande população palestina, comandando milícias que realizavam ataques contra Israel e atentados contra alvos israelenses ao redor do mundo. As ações deram grande destaque à causa palestina.Em 1970, entrou em choque com o rei da Jordânia, Hussein, gerando os sangrentos combates do "setembro negro". Ele e a OLP acabaram expulsos do país. Estabeleceram-se no Líbano, usado como plataforma para ataques contra o norte israelense. Israel ocupou o país em 1982, e Arafat e a OLP novamente foram expulsos, para a Tunísia.Em 1973 foi reconhecido pelos países árabes como seu único representante legítimo. Apesar dos golpes importantes que sofreu e de ter sido obrigado a enfrentar graves conflitos surgidos nas suas próprias fileiras devido à moderação da sua linha política, Arafat conseguiu manter a liderança graças à habilidade para estabelecer alianças, fazendo concessões em nome dos objetivos nacionais

No ano de 1989, em resposta ao reconhecimento do direito à existência do Estado de Israel, Arafat foi escolhido como presidente do futuro Estado da Palestina. Algumas das suas decisões, como o apoio a Saddam Hussein na Guerra do Golfo (1990-1991) ou a sua posição favorável aos golpistas contra Mikhail Gorbachev, colocaram-no temporariamente em dificuldades no plano internacional.No entanto Arafat demonstrou ser um autêntico mestre em sobrevivência política e, em 1993, conseguiu seu maior êxito com a assinatura do tratado de paz com Israel, que previa a concessão de uma autonomia limitada aos territórios de Gaza e Jericó, a retirada do exército israelita desses locais em 1994 e o seu próprio regresso como chefe da Autoridade Nacional Palestina, depois de 27 anos de exílio.

Pelo acordo firmado com os israelenses, em 1994, Arafat, em conjunto com Itzhak Rabin e Shimon Peres, recebeu o Prêmio Nobel da Paz. Depois do assassinato de Rabin (1995) e do subseqüente conservadorismo na política de Israel, os esforços para se encontrar um equilíbrio duradouro entre palestinos e israelenses sofreram um sério retrocesso.Arafat tem estado, desde então, entre dois fogos: por um lado, a lentidão, e mesmo a interrupção, da retirada israelense dos territórios ocupados prevista nos acordos de paz e, por outro, o risco da perda de controle sobre as facções palestinas mais radicais e violentas.Em meados de 2000, fracassou em nova tentativa de assinatura de um acordo final de paz com Israel. Seguiu-se a Intifada (rebelião popular palestina contra as forças de ocupação de Israel na faixa de Gaza e na Cisjordânia).

Desgastado com o desastroso saldo da violência que se sucedeu após a intifada, Arafat voltou a ter popularidade nos últimos anos após Israel aumentar a pressão sobre ele.Em 29 de outubro, o líder palestino foi internado no hospital militar Percy, em Clamart, sudoeste de Paris, com graves problemas de saúde. Ele entrou em coma e diversos meios de comunicação noticiaram sua morte cerebral antes do dia 11 de novembro de 2004, quando seu falecimento foi oficialmente anunciado.Na presidência da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), Arafat foi substituído por Mahmoud Abbas, também conhecido como Abu Mazen.

Primavera Árabe

Primavera Árabe não se trata de um evento, de algo breve ou de uma estação do ano, trata-se de um período de transformações históricas nos rumos da política mundial. Entende-se por Primavera Árabe a onda de protestos e revoluções ocorridas no Oriente Médio e norte do continente africano em que a população foi às ruas para tirar ditadores do poder, autocratas que assumiram o controle de seus países durante várias e várias décadas.
Tudo começou em dezembro de 2010 na Tunísia, com a derrubada do ditador Zine El Abidini Ben Ali. Em seguida, a onda de protestos se arrastou para outros países. No total, entre países que passaram e que ainda estão passando por suas revoluções, somam-se à Tunísia: Líbia, Egito, Argélia, Iêmen, Marrocos, Bahrein, Síria, Jordânia e Omã. 

Neste infográfico interativo, você confere a situação nos principais países atingidos pelas revoltas: ( Acesse o link) .




Infográfico sobre o conflito no Oriente médio : ( Acesse o link abaixo )



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